Thursday, June 04, 2009

CONDE DE FARROBO, O MILIONÁRIO

O livro está quase a sair para as livrarias. É altura de começar a falar mais nele e na (s) sua(S) personagem. Aqui vai parte de um texto que dirigi aos leitores à laia de explicação:
"“O Milionário de Lisboa” é a biografia romanceada, ou ficcionada, de Joaquim Pedro Quintela do Farrobo, 2º barão de Quintela e 1º conde de Farrobo.
Logo no século dezanove e depois na primeira metade do século que passou, publicaram-se obras dedicadas ou contendo referências a Quintela e sua vida. Recorrendo umas ao estilo excessivamente palavroso e laudatório outras à caricatura fácil, não conseguiram transmitir do conde de Farrobo uma imagem sufientemente sólida para resistir à erosão do tempo.
Caiu no esquecimento . Apesar da existência do largo barão de Quintela, bem no coração de Lisboa, e ainda que muitos milhares passeiem diariamente pelos jardins das Laranjeiras nem o barão nem o conde são do conhecimento público. Perde o público em não o conhecer e é injusto para Farrobo não ser conhecido.
Quem era, verdadeiramente, esse homem? Seria fácil sabê-lo se nos tivesse ficado, como o acaso permitiu que acontecesse com outras personalidades, um conjunto de cartas onde a sua alma se abrisse e a personalidade se revelasse, fossem elas cartas de amor, negócios ou de simples amizade. Infelismente o que resta do que terá sido um fabuloso arquivo – penso nos seus múltiplos negócios, na direcção do S. Carlos, nas centenas de amigos e conhecidos, nos banqueiros e correspondentes em Londres e Paris - é muito pouco, pouquíssimo.
Por isso se escolheu outro caminho. Caso contrário este trabalho seria mais um em que se repetia o inventário das qualidades e defeitos, supostos ou inventados, inventário carregado de adjectivadas superficialidades. Ou uma colecção de anedotas e caricaturas sem qualquer unidade psicológica.
Imaginei um pouco e pedi ajuda a alguns interlocutores fantasiados, na boca dos quais pus palavras que não posso garantir se alguma vez foram pronunciadas e em que circunstâncias".
E já agora uma foto de um belíssimo quadro de DOMINGOS SEQUEIRA representando o jovem Joaquim Pedro Quintela quando ainda não era conde nem barão. Este quadro existe no Museu Nacional de Arte Antiga.

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