Thursday, November 27, 2008

ALORNA-TÁVORA-EURONAPOLEON

Alorna/Távora vai estar no Clóquio "Portugal, Brasil e a Europa Napoleónica" numa comunicação a cargo do autor deste blog. Muita responsabilidade.Clique em cima e veja o programa.

Sunday, October 12, 2008

ALORNA E LECOR

A porta de Almeida onde Alorna estaria em Setembro de 1810



As relações de amizade entre o Marquês de Alorna e o Coronel Lecor foram referidas em "O Último Távora". Na altura em que escrevi não tive acesso integral a uma fonte muito importante: os "Wellington Dispatches" que agora estão disponíveis na Internet.
Nas Páginas 391 e 392 vem transcrita uma carta de Wellington para Hill em 8 de Setembro de 1810, através da qual se depreende que o Coronel Lecor pediu autorização para se encontrar com o seu antigo comandante e amigo Alorna. A resposta de Wellington foi negativa. Qual seria o resultado se tal encontro se tivesse concretizado?

Tuesday, September 30, 2008

A LEGIÃO PORTUGUESA

Dei um salto tecnológico (nada que ver com o socratico e estafado número do choque) e resolvi mudar o visual e incluir uma imagem na cabeça do blog.

Não será sempre a mesma. Vai variar à medida que relembro os acontecimentos sobre os quais vão passando os duzentos anos.

1808 foi o ano da Legião.

Muitas confusões se geram à sua volta. O problema é que antes desta houve a Legião de Tropas Ligeiras criada pelo maquês de Alorna e que nada tem a ver com aquela que se integrou no exército de Napoleão. A de Tropas Ligeiras também chamada Lagião Alorna foi criada em 1796 e compunha-se de Infantaria, Cavalaria, Artilharia a Cavalo e banda de música, num total de cerca de 550 soldados e vinte e cinco oficiais.

A Legião Portuguesa formou-se em 1808 na sequência da redução do exército português e chegou a França com cerca de 6.000. ainda que administrativamente mantivesse essa designação a verdade é que os seus regimentos foram dispersados por vários corpos de éxercito franceses, bem contra vontade do marquês de Alorna.

A imagem que hoje coloca na cabeça do blog reproduz os vários fardamentos usados pelos soldados portugueses da Legião.

Para baralhar, publico também esta imagem de um soldado da infantaria da Legião Alorna


Monday, September 29, 2008

ALORNA TÁVORA HÁ 200 ANOS

Faz neste mês de Setembro duzentos anos que o marquês de Alorna chegou a Grenoble com a infantaria portuguesa. Só a infantaria porque a cavalaria teve logo outro destino.
Sobre este tema e as marcas que os portugueses lá deixaram há, para quem gostar destas coisas, uma interessante publicação:

"Documents des archives communales de Grenoble concernant la Légion portugaise (1808-1814)"

Sunday, September 21, 2008

TÁVORA no YOUTUBE

Esqueci-me de lhes dizer. Já está Há algum tempo on line por iniciativa da minha editora a Leya - Livros de Hoje - D. Quixote
Vejam aqui
http://www.youtube.com/watch?v=7q0NqgJow34

Friday, September 12, 2008

VICE REIS

Estou a ler um livro muito interessante publicado no Brasil e que lá comprei há dias:
“O Antigo Regime nos Trópicos”, da Civilização Brasileira, uma chancela da Record.
Trata-se de um conjunto de ensaios de vários historiadores sobre o tema ainda que com incidência particular no Brasil. Um dos ensaios, do historiador Nuno Gonçalo Monteiro, versa a questão dos vice reis. Dele transcrevo:
“ ... as casas associadas aos últimos vice reis joaninos, depositárias que se reputavam da herança bélica do Oriente (Távora e Alorna) e que rodearam suas cortes na Índia de um celebração sem precedentes, foram inculpadas no processo do atentado contra D. José. ...Pombal rompeu assim com a história e com aqueles que a reivindicavam.”
Também aqui se percebe o sentido do ÚLTIMO em “O ÚltimoTávora”
Este é o forte Alorna, na Índia, de cuja conquista resultou a mudança do título de Castelo Novo para Alorna

Thursday, September 11, 2008

TÁVORA EM BOA COMPANHIA


Foi na Bienal de S. Paulo.

Além do Laurentino que já conhecem, no meio está a boa Amiga e escritora Iza Salles que acaba de lançar uma excelente biografia de D. Pedro, IV de Portugal e I do Brasil. A Iza e uma amiga, a Regina, proporcinaram-me uma visita guiada a S. Paulo e um belo almoço no restaurante ReginaPreta onde batemos um papo tão gostoso como a muqeca de camarão.

Saturday, August 30, 2008

OLHA AÍ: BRASIL TÁVORA E 1808


Acabo de voltar do Brasil. Para lá do cansaço guardo uma recordação muito forte tanto pessoal como na qualidade de autor. Vejam só como fui recebido e acompanhado pelo Laurentino Gomes, autor do livro 1808, e a entrevista que a ambos fez o Mário Kertesz, um "cara muito legal", amável, grande comunicador e que já foi Prefeito de Salvador da Baia (A entrevista está dividida em 4 partes, é preciso mudar de de 1 até 4)

Monday, August 25, 2008

BERNARDO DE LORENA OU SEJA TÁVORA

Era primo direito de Pedro, marquês de Alorna.
E não é que acabo de encontrar um site da família de Bernardo Lorena aqui no Brasil!
Muito interessante, vão lá e depois vejam no livro a história comum dos dois primos e grandes amigos. Alorna dizia do primo:"O Bernardo é outro eu".
Agora as pessoas vão perceber que o título "O Último Távora" é simbólico. Claro que ainda há Távoras, em Portugal, e agora ficamos a saber que também no Brasil.
Que bonito, a nossa História, como não podia deixar de ser, anda de braço dado.

AGORA, TÁVORA E EU ESTAMOS NO BRASIL !

Pois é estou em S. Paulo.
E tão atarefado com entrevistas e palestras que não tenho ido à Internet (não vim com o meu portátile tenho de procurara ocasião...).
Estou encantado.
Amanhã vou para S. Salvador, um sonho velho que agora se vai tornar realidade quando eu já pensava que o tinha de deixar para outra encarnação!
Vou com o meu amigo Laurentino Gomes participar em palestras e encontros com leitores.
Já ,para os leitores deste blog deixo aqui o endereço da imagem de uma casa onde viveu o Último Távora.
Quando me for possível daqui a dias darei mais notícias e mostrarei mais imagens.

Saturday, August 16, 2008

O Último Távora está mesmo no Brasil!



FORMAS RADICAIS DE PUNIÇÃO NA ÉPOCA DO BRASIL COLÔNIA
Este é o mote do livro O Último Távora, um dos importantes lançamentos de 2008 da Editora Planeta. O autor português José Norton estará no Salão de Idéias Volkswagen no dia 24, às 17 horas.

No livro, o historiador descreve a forma implacável com que Portugal castigava os culpados de crimes políticos na época do Brasil colônia. Conhecida como suplício judiciário, essa punição incluía tortura com ferro em brasa, trituração dos ossos com o réu ainda vivo, esquartejamento, exposição dos corpos em praça pública e a queima dos cadáveres, cujas cinzas eram jogadas nos rios ou no mar.O objetivo era servir de exemplo e de reafirmação do poder do rei sobre seus vassalos.O livro retrata, em uma linguagem acessível, a história de D. Pedro de Almeida Portugal, terceiro Marquês de Alorna. A saga começa quando o menino vê sua família ser torturada até a morte, acusada da tentativa de assassinato do rei D. José I, em 1758. Continua com a fuga da corte portuguesa para o Brasil, em 1807, e termina com a retirada das tropas do imperador Napoleão Bonaparte da Rússia, em 1812.Lançado em Portugal em 2007, o livro se tornou um best seller e chega as livrarias de todo o Brasil com prefácio do escritor Laurentino Gomes, autor do livro “1808”.Laurentino e Norton encerram a programação do Salão de Idéias com um bate-papo sobre o “Brasil Português”, dia 24, 17h.

Friday, August 15, 2008

O Último Távora - Jornal electrónico de Macaé

Com uns pózinhos de mágica de uma boa Amiga, O Último Távora aparece na edição desta semana do Jornal "O Rebate" da cidade de Macaé no Brasil. Abra o site e ande para baixo. Depois "click" e se quizer leia a sinopse e o prefácio à edição brasileira.
Por coincidência essa cidade fica perto de Campos de Goytacazes!
Que é isto?
Quem leu "O Último Távora" passou por esta frase: "Surpreendente também foi o despacho que Pedro recebeu, no meio de interrogatórios e castigos, sobre o seu pedido de mercês no Brasil. Em 10 de Outubro de 1806, depois de o príncipe ordenar rapidez na apreciação do caso, eram-lhe concedidos “os foros que pagavam os colonos da Sesmaria da Aldeia de Santo António dos Índios Garulos sito no campo de Goytacazes, Ouvedoria de S. Salvador, Paraíba do Sul, na Capitania de Rio de Janeiro”
O Mundo é pequeno!!

Tuesday, August 05, 2008

O ÚLTIMO TÁVORA - Nervos à Flor da Pele








Escrever é difícil. Viver da escrita ainda mais. Mas sofrer por ter escrito é que não estava nos meus planos. Críticas, censura ou censuras? Nada disso. Aquelas foram boas e estas poucas e leves. Censura já não há (?), ou é mais subtil, o meu livro não a justificava e havendo já não é de cor azul.
Não. Foram os nervos que atacaram novamente, em ritmo de samba. Nunca mais chegava a hora do livro sair no Brasil. Primeiro era Janeiro, depois Abril. Não, afinal Junho. “Já não sei se é Maio ou Junho” – chegaram a dizer-me. Os nervos já estavam em franja.
Fiquei paralisado. Por isso o blogoTávora esteve tanto tempo em silêncio. As minhas desculpas.
Porém...
Finalmente saiu. Em boa hora, quinze dias antes da Bienal do Livro de S.Paulo que tem como um dos temas principais “Brasil, Portugal, 1808”. E mais. Estou convidado para me encontrar com o público da Feira no dia 24 de Agosto na companhia do meu amigo Laurentino Gomes, autor do “best seller” “1808”.
Mas os nervos ainda cá estão, sempre em ritmo de samba, mas já não um samba triste, antes um de rua, bem alegre. Só falta saber quando vou, quando volto e quanto tempo vou ficar. Não é pouca coisa ... daí a nervoseira miudinha.
O livro esse continua lindo, agora com umas palavras diferentes na capa. Tem de se dar um empurrão para ver se pega.

Tuesday, May 06, 2008

RENASCE O TAVORA NASCE NOVO PROJECTO


A preguica e a grande inimiga dos blogs.
Mas nao foi so ela a responsavel pelo periodo de de hibernacao destas paginas. Um acidente informatico impossibilitou durante alguns dias o acesso a materia prima do meu trabalho. De seguida uma viagem ' que ainda nao terminou ' reduziu as minhas capacidades de actuacao bloguista. Por isso estou a escrever sem acentos, nao por originalidade mas porque as teclas nao atinam com os graves e agudos e nao tem til nem circunflexo.
Vim aos USA para visitar filhos =um em NY outra em Miami com os meus netos. estou nas nuvens de felicidade. Alem disso vim aqui encontrar leitores de O Ultimo Tavora.



Renasce o blogue e renasce o Tavora com a noticia da publicacao de um documento inedito, datado de 1803 e atribuido ao marques de Alorna, no qual este analisa criticamente a politica de D. Joao VI a quem nao se coibe de dar conselhos, alguns aplicaveis ainda aos estadistas da actualidade * se e que se pode tratar assim os cinzentos personagens que povoam a politica.
E uma publicacao da Tribuna da Historia editora que vai levando heroicamente a um publico maioritariamente avido de outras coisas, livros importantes sobre Historia de Portugal.
Mas o Tavora renasce tambem porque o livro entrou agora em 4 edicao o que e para mim notavel ao fim de mais de sete meses de exposicao nas livrarias.
Nasce tambem um novo projecto. De facto ha tempos que ando a investigar outra personagem. Com os ultimos contactos que fiz com pessoas da familia que me abriram as portas dos seus arquivos, tenho agora a certeza de ter encontrado a minha proxima vitima.
Ainda nao digo quem e. Vou faze lo aos bocadinhos neste blogue em que o Ultimo Tavora cedera uma parte do seu espaco ao seu sucessor. Posso desde ja dizer que as duas personagens nao se conheceram, ate porque o proximo nasceu em 1801 quando Alorna ja tinha perto de 50 anos, mas as familias tiveram uma certa relacao, nao muito agradavel.
Ate breve.

Saturday, March 22, 2008

Brasil 1808 - 2008

As Comemorações da chegada da corte portuguesa ao Brasil foram um êxito!
Para Portugal, através do seu Presidente da República, um êxito político e diplomático.
Para o Prefeito do Rio de Janeiro, que deu tudo por estas Comemorações, elas constituíram uma grande manifestação da vitalidade da antiga capital do Brasil. Mais do que isso ele conseguiu levar até ao povo carioca a reabilitação da imagem de D. João VI.
Foi este, ao mudar-se com a corte e a administração para o Brasil em 1807/8, quem, apesar das suas indecisões, acabou por abrir a porta à independência do Brasil. Deixada ao sabor da História, essa colónia poderia ter-se fragmentado em múltiplos pequenos e médios países cheios de grandes problemas como aconteceu com a América espanhola.




Aqui deixo uma imagem de um cortejo organizado em Copacabana em que se vê, no alto de um carro alegórico, a imagem de D. João VI de costas voltadas para nós, a caminho do futuro.


Tenho mais imagens em:
http://www.flickr.com/photos/96955068@N00/sets/72157604103245098/

Friday, February 29, 2008

COMEMORAÇÕES DA CHEGADA DA CORTE AO BRASIL


Caí do Céu!!
Imaginem que tive a grande honra de ser convidado pelo Senhor Presidente da República para integrar a comitiva que o acompanha às Comemorações da chegada da Corte ao Brasil.
Lá vou eu para o Rio de Janeiro, muito feliz, uma mão dada ao Professor Cavaco Silva outra ao Último Távora.
Fantástico!
E tenho mais sorte que "O Último Távora". Quem leu o livro recordará que tendo sido nomeado Vice Rei do Brasil teve o desgosto de ver essa nomeação retirada misteriosamente tempos depois.
Seja como for, obrigado aos dois por me permitirem participar nestas fantásticas Comemorações, ponto alto da fascinante História Comum dos dois paises!

Wednesday, February 13, 2008

"O ÚLTIMO TÁVORA" nas "CORRENTES DE ESCRITA"

Esta é que eu não estava à espera ...



A minha editora a D. Quixote para mostrar que promove os seus autores,fez hoje aparecer na Póvoa de Varzim estes carrinhos, com o nome do último livro que os seus autores, presentes nas "CORRENTES DE ESCRITA", publicaram. Uma bela surpresa!!

Sunday, February 03, 2008

DOIS LIVROS EXCEPCIONAIS ... DE PRESENTE!




Não escrevo aqui há tempos!
Tenho estado à espera de uma ou duas novidades … que, infelizmente para mim, ainda se não concretizaram.
Entretanto recebi dois livros de presente que muito enriquecem a minha pequena biblioteca.
Do bom amigo Manuel Bobone veio “As Prisões da Junqueira - Durante o ministério do marquês de Pombal, escrito ali mesmo pelo marquês de Alorna, uma das suas vítimas”. É uma segunda edição de 1882. Um livro raro e interessantíssimo onde se fica a saber quem foram os desgraçados que lá passaram e os que lá morreram e foram enterrados entre 1759 e 1777! Só não se fica a saber ao certo porque lá foram parar pois a maioria o foi sem culpa formada.
O Outro livro é uma tradução em espanhol de uma obra do Professor de História Napoleónica da Universidade do Estado da Florida, USA. Os americanos são assim e este senhor sabe provavelmente mais sobre a 3ª Invasão Francesa do que qualquer português. Pois bem, ofereci-lhe “O Último Távora” e ele retribuiu com “Los Assédios de Ciudad Rodrigo y Almeida, 1810”. O Prof. Donald Horward, assim se chama o autor, fez-me uma dedicatória e mandou-me uma carta cujo conteúdo não revelo por modéstia mas que me deixou orgulhoso.
Trata-se de uma descrição pormenorizada dos primeiros movimentos do exército de Massena até à entrada em Portugal e tomada da fortaleza de Almeida.
Nota final. Porquê em espanhol? Porque a “Diputacion de Salamanca” entendeu que a História é importante e era bom dar a conhecer aos espanhóis o episódio do cerco de Ciudad Rodrigo, ali ao pé.
Nós por cá andamos distraídos a pensar noutras coisas. A substituir a ministra da Cultura, por exemplo. A que sai talvez soubesse o que se passou em Almeida. O que entra, se souber, tiro-lhe o chapéu.

Monday, January 07, 2008

MAIS UM RETRATO DE ALORNA

Uma biografia mesmo depois de pronta, impressa e distribuída ao público, não pára.
Na cabeça de quem a lê e de quem a investigou e escreveu o biografado e as condições da sua vida continuam a palpitar. Elementos novos, e aparecem, levantam dúvidas. O que não foi possível explicar, os aspectos que ficaram obscuros, são como remorsos.
É assim que ainda me vejo agarrado ao marquês de Alorna e aos Távoras. E ainda que já esteja com os olhos e os ouvidos noutros projectos, dou por mim a voltar atrás.
Não há nada a fazer, às vezes as coisas até vêm ter comigo.
Vejam como é.





No livro está publicado um belo retrato do marquês com o capacete emplumado que fazia parte do uniforme da “Legião de Armas Ligeiras” (direita). É de uma pessoa amiga que o comprou num antiquário anos atrás.Pois bem, já depois do livro publicado “encontro” na Biblioteca Nacional “on line” uma gravura a preto e branco, quase igual, e que nunca vira reproduzida em parte alguma (em cima). Talvez um estudo para o retrato a óleo? E lá me ponho a pensar: porquê, como, quando?