Cá se fazem cá se pagam.
Brinquei com a gripe das aves e agora estou eu com uma grande gripe em cima.
Antes dizia-se de quem se deitava cedo, que se deitava com as galinhas.
Pois bem eu não me deito antes da meia noite e nunca com galinhas. Como apanhei esta gripe? Foi vingança!!
Friday, November 25, 2005
Sunday, November 20, 2005
Multiculturalismo a quanto obrigas!
O Alto-comissário para a Imigração e Minorias Étnicas defende que se deve utilizar uma política de integração multicultural. Para ilustrar a sua ideia com uma imagem, disse que se pode comer à mesma mesa, com ou sem talheres.
Eu por acaso prefiro comer com pauzinhos no restaurante japonês e se alguma vez for convidado para comer com um árabe, na sua tenda ou no seu palácio, tentarei não só comer com a mão, mas com aquela, direita ou esquerda, que o costume exige.
Em contrapartida se eu tivesse de recrutar para uma empresa com clientela europeia ou chinesa, alguém para relações públicas, podem ter a certeza de que não contratava quem só comesse à mesa com as mãos.
A imagem do Alto-comissário não foi feliz, pois neste caso, resultava em segregação e exclusão.
O problema é que o multiculturalismo, levado ao extremo, só não resulta em segregação se os de dentro acabarem por aderir à cultura dos que vêm de fora.
Por muito estranho que pareça é o que alguns gostariam. Li um artigo algures no qual o autor dizia a certa altura:
“Por que não ir mais longe e introduzir conteúdos nos programas escolares que tenham a ver com a história e a cultura desses povos africanos? Quem acredita que é apelativo e integrante para um filho ou neto de imigrantes africanos ter como referência Afonso Henriques e a história medieval portuguesa, ou Vasco da Gama ou Afonso de Albuquerque?”
Quer dizer, num país com o ensino no triste estado em que está, onde os alunos nem sequer conseguem apreender convenientemente a história nacional, vamos agora querer que eles conheçam a história africana– escolho um exemplo notável, a história do reino do Congo, para o conhecimento da qual, aliás, também é preciso saber alguma coisa da história de Portugal?
E se não é apelativa para o filho ou neto de um natural do norte de Angola (que agora é português e em Portugal vai ter a sua família e descendentes) a história de Portugal, porque há de ser apelativa para o nosso filho ou neto a história do rei do Congo?
É o multiculturalismo com o freio no dentes.
Eu por acaso prefiro comer com pauzinhos no restaurante japonês e se alguma vez for convidado para comer com um árabe, na sua tenda ou no seu palácio, tentarei não só comer com a mão, mas com aquela, direita ou esquerda, que o costume exige.
Em contrapartida se eu tivesse de recrutar para uma empresa com clientela europeia ou chinesa, alguém para relações públicas, podem ter a certeza de que não contratava quem só comesse à mesa com as mãos.
A imagem do Alto-comissário não foi feliz, pois neste caso, resultava em segregação e exclusão.
O problema é que o multiculturalismo, levado ao extremo, só não resulta em segregação se os de dentro acabarem por aderir à cultura dos que vêm de fora.
Por muito estranho que pareça é o que alguns gostariam. Li um artigo algures no qual o autor dizia a certa altura:
“Por que não ir mais longe e introduzir conteúdos nos programas escolares que tenham a ver com a história e a cultura desses povos africanos? Quem acredita que é apelativo e integrante para um filho ou neto de imigrantes africanos ter como referência Afonso Henriques e a história medieval portuguesa, ou Vasco da Gama ou Afonso de Albuquerque?”
Quer dizer, num país com o ensino no triste estado em que está, onde os alunos nem sequer conseguem apreender convenientemente a história nacional, vamos agora querer que eles conheçam a história africana– escolho um exemplo notável, a história do reino do Congo, para o conhecimento da qual, aliás, também é preciso saber alguma coisa da história de Portugal?
E se não é apelativa para o filho ou neto de um natural do norte de Angola (que agora é português e em Portugal vai ter a sua família e descendentes) a história de Portugal, porque há de ser apelativa para o nosso filho ou neto a história do rei do Congo?
É o multiculturalismo com o freio no dentes.
Thursday, November 17, 2005
Um negócio de comichões
Um dos temas que inundou os média esta semana foi o metro do Porto.
O governo resolveu retirar poderes à administração. Gastaram mais do dobro, dizem. Já que havia dinheiro alindaram-se as cidades, tratou-se da envolvente urbanística, bla bla bla. Muita conversa mas claro, ninguém toca no tabú.
O metro do Porto é de superfície mas há (ou houve e provavelmente continuará a haver) coisas subterrâneas que todos imaginam, alguns sabem, mas ningém fala: comissões e financiamento de partidos.
O resto da malta coça a cabeça a pensar no fim do mês.
Uns têm comissões, os outros comichões.
O governo resolveu retirar poderes à administração. Gastaram mais do dobro, dizem. Já que havia dinheiro alindaram-se as cidades, tratou-se da envolvente urbanística, bla bla bla. Muita conversa mas claro, ninguém toca no tabú.
O metro do Porto é de superfície mas há (ou houve e provavelmente continuará a haver) coisas subterrâneas que todos imaginam, alguns sabem, mas ningém fala: comissões e financiamento de partidos.
O resto da malta coça a cabeça a pensar no fim do mês.
Uns têm comissões, os outros comichões.
Sunday, November 13, 2005
À Sombra dos Sobreiros que vão Sobrar
Em Portugal os sobreiros são fantásticos!
Lixam os Espírito Santos em Benavente.
Tramam o presidente (comunista, ou seja primo dos Verdes) da Câmara do Seixal.
E agora vão ser, para alguns, a nova árvore das patacas pois servem para justificar a localização do aeroporto na Ota em detrimento de Rio Frio.
É caso para dizer que os sobreiros têm as costas, perdão, as copas largas.
Lixam os Espírito Santos em Benavente.
Tramam o presidente (comunista, ou seja primo dos Verdes) da Câmara do Seixal.
E agora vão ser, para alguns, a nova árvore das patacas pois servem para justificar a localização do aeroporto na Ota em detrimento de Rio Frio.
É caso para dizer que os sobreiros têm as costas, perdão, as copas largas.
Tuesday, November 08, 2005
Intermitências
No dia em que foi a enterrar um amigo meu – o João Roquete – dei por mim a pensar no título do novo livro de Saramago “As Intermitências da Morte”. Não sei do que trata, assim como nada sei dos seus anteriores livros, pela simples razão de que nunca os li. A frase contudo, ficou cá dentro a roer, e pensei: Querem ver que vou ter de ler o livro.
Para mim, seria uma intermitência, de Saramago.
Não é preciso.
Uma bala israelita matou uma criança palestiniana de 12 anos. A família doou o seu coração que bate agora no peito de uma menina israelita da mesma idade.
A morte pode ter intermitências.
Para mim, seria uma intermitência, de Saramago.
Não é preciso.
Uma bala israelita matou uma criança palestiniana de 12 anos. A família doou o seu coração que bate agora no peito de uma menina israelita da mesma idade.
A morte pode ter intermitências.
Saturday, November 05, 2005
Sem Dom nem piedade
Diz-se de alguém que cativa as pessoas por falar bem, que tem o Dom da Palavra.
Poucos o têm.
Alguns têm outras coisas.
O ministro do interior francês foi muito criticado por ter chamado escumalha àquela rapaziada que em Paris explica a bondade do multiculturalismo queimando os carros e matando um cidadão a pontapé.
Acham que não devia falar como quer.
Até porque disse uma verdade. Teve o Dói da Palavra.
Em contrapartida o candidato à presidência da República apoiado pelo PCTP/MRPP, Garcia Pereira, sentindo-se discriminado pela comunicação social, queixa-se que desde o anuncio da sua candidatura nunca mais se ouviu uma palavra, se leu uma linha ou se viu uma imagem sobre o assunto. Quer falar e não pode.
É o Dó da Palavra.
Poucos o têm.
Alguns têm outras coisas.
O ministro do interior francês foi muito criticado por ter chamado escumalha àquela rapaziada que em Paris explica a bondade do multiculturalismo queimando os carros e matando um cidadão a pontapé.
Acham que não devia falar como quer.
Até porque disse uma verdade. Teve o Dói da Palavra.
Em contrapartida o candidato à presidência da República apoiado pelo PCTP/MRPP, Garcia Pereira, sentindo-se discriminado pela comunicação social, queixa-se que desde o anuncio da sua candidatura nunca mais se ouviu uma palavra, se leu uma linha ou se viu uma imagem sobre o assunto. Quer falar e não pode.
É o Dó da Palavra.
Thursday, November 03, 2005
Pele de Galinha
O homem do talho diz que já quase não vende frangos. Por causa da gripe que não atacou os nossos frangos mas já atacou os portugueses através da Televisão.
Quanto mais notícias impinge a Televisão menos frangos vende o Sr. Amilcar.
Vejo pouca Tv e nunca às refeições mas se um dia ao comer um cozido à portuguesa viesse um daqueles locutores (as) excitados (as) a dizer que havia gripe da farinheira eu acho que dava cabo do aparelho e mandava vir mais
Quanto mais notícias impinge a Televisão menos frangos vende o Sr. Amilcar.
Vejo pouca Tv e nunca às refeições mas se um dia ao comer um cozido à portuguesa viesse um daqueles locutores (as) excitados (as) a dizer que havia gripe da farinheira eu acho que dava cabo do aparelho e mandava vir mais
Wednesday, November 02, 2005
Medrosamente Correcto
Há medo legítimo e ilegitimo. Justificado ou fruto de desarranjo das cabeças. Sem estar em estado crítico, a pedir psiquiatra, eu por exemplo, numa casa antiga tenho medo dos fantasmas que lá andam.
Pode fazer-nos correr ou ficar paralisados, colados ao chão.
Há medo honroso: além de ser justificado, faz-se-lhe frente. Esse leva-nos a apreciar até os nossos inimigos ou adversários.
Não gosto muito de comunistas e muito menos de alguns ex comunistas (será que nunca o foram ou ainda o são?). Mas tenho de reconhecer que no tempo da PIDE havia comunistas valentes. Porque a repressão era sobretudo contra eles, ainda que sobrasse qualquer coisa para quem fosse preciso. Então havia medo, um medo que paralisava este país, país que agora é todo ele de valentes. O medo então era justificado. Tinha a ver com dor, física e moral, com mortes que as houve e vidas estragadas.
Vem a conversa a propósito de um artigo que li hoje no jornal, sem grande interesse, mas cheio de passagens “intelectualmente correctas” e talvez já nem me lembro, também “politicamente correctas”: elogios para esta e não para aquele porque uma é mulher do que lhe dá trabalho e o outro também tem alguma influência portanto vai uma no cravo outra na ferradura, fica tudo contente, são todos cá dos nossos, por aí fora.
Esta história do correcto que é, senão uma auto censura ou um dirigismo cultural auto inflingindo.
É no fim de contas medo. Medo mesquinho, pequenino, gorduroso.
O medo que eu tenho de contar a história com nomes e tudo. Talvez um dia o perca.
Pode fazer-nos correr ou ficar paralisados, colados ao chão.
Há medo honroso: além de ser justificado, faz-se-lhe frente. Esse leva-nos a apreciar até os nossos inimigos ou adversários.
Não gosto muito de comunistas e muito menos de alguns ex comunistas (será que nunca o foram ou ainda o são?). Mas tenho de reconhecer que no tempo da PIDE havia comunistas valentes. Porque a repressão era sobretudo contra eles, ainda que sobrasse qualquer coisa para quem fosse preciso. Então havia medo, um medo que paralisava este país, país que agora é todo ele de valentes. O medo então era justificado. Tinha a ver com dor, física e moral, com mortes que as houve e vidas estragadas.
Vem a conversa a propósito de um artigo que li hoje no jornal, sem grande interesse, mas cheio de passagens “intelectualmente correctas” e talvez já nem me lembro, também “politicamente correctas”: elogios para esta e não para aquele porque uma é mulher do que lhe dá trabalho e o outro também tem alguma influência portanto vai uma no cravo outra na ferradura, fica tudo contente, são todos cá dos nossos, por aí fora.
Esta história do correcto que é, senão uma auto censura ou um dirigismo cultural auto inflingindo.
É no fim de contas medo. Medo mesquinho, pequenino, gorduroso.
O medo que eu tenho de contar a história com nomes e tudo. Talvez um dia o perca.
Tuesday, November 01, 2005
Boas Vindas a mim mesmo
Longa vida ao Faraó das Honduras
O empurrão final foi a minha filha que agora também já tem Blog. O primeiro safanão foi do meu filho que já é um bloguista refinado.
Não foi fácil porque todos os nomes que escolhi já tinham alguém à perna.
O Faraó das Honduras é portanto fruto feliz de uma acaso provocado.
Vamos ver como se comporta!
O empurrão final foi a minha filha que agora também já tem Blog. O primeiro safanão foi do meu filho que já é um bloguista refinado.
Não foi fácil porque todos os nomes que escolhi já tinham alguém à perna.
O Faraó das Honduras é portanto fruto feliz de uma acaso provocado.
Vamos ver como se comporta!
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