Que eu
saiba, existem em Portugal dois exemplares desta litografia. Uma na Fundação
das Casas de Fronteira e Alorna e outra na Biblioteca Nacional. Trata-se da
reprodução de um quadro de Steuben - Barão Charles Auguste Guillaume Steuben,
(1788 – 1856). Nada se diz, porém, sobre o paradeiro da pintura original.
Depois de 1917 o palácio da família Stroganoff em S.
Petersburgo foi transformado em museu, vindo a ser fechado em 1920 e o recheio
distribuído pelo Hermitage, o Museu Pushkin de Belas Artes em Moscovo e outros.
Nos anos trinta, uma parte da colecção foi vendida no ocidente. Foi assim que o
quadro “Jeremias lamentando a destruição de Jerusalém” de Rembrandt, por
exemplo, pertence hoje ao Rijksmuseum de Amsterdam.
Não creio que o retrato de Juliana fosse a peça de
arte ideal para reforçar com o produto da sua venda os exauridos cofres do
camarada Staline. Por isso, se pura e simplesmente não se perdeu, é possível
que esteja nos depósitos de um dos referidos museus.
Por mim, ainda que a ganhar pó em algum recanto das
reservas, preferia que fosse o Hermitage a guardar o retrato daquela
que tantas vezes recebera, em vida, nos seus esplendorosos salões.